Quase 300 mulheres devem ter câncer de mama no Tocantins em 2020, estima INCA
O movimento é mundial e surgiu na década de 90, mas, no Brasil, as primeiras ações começaram em 2002. O Outubro Rosa é uma das principais campanhas em prol da saúde humana durante todo o ano, ainda mais porque conta com enorme adesão da sociedade, empresas, organizações e poderes públicos.
Mas há um bônus nisso: é uma campanha praticamente exclusiva para as mulheres e todos nós sabemos que o público feminino é o que mais cuida de si (e de todos os outros também).
Vamos aos dados
Contudo, informação e conscientização nunca é demais, ainda mais porque sempre há a necessidade de aumentar a adesão às consultas e exames preventivos. E os dados mostram isso: entre os anos de 2014 e 2018, o câncer de mama ocupou o primeiro lugar em óbitos de câncer entre as mulheres com uma taxa de 16,5%, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer - INCA.
Um pouco mais de números:
1. Salvos os casos de câncer de pele não melanoma, o de mama é mais incidente no público feminino no Brasil em todas as regiões do país (INCA) 2. Para o triênio 2020/2022, a estimativa nacional é de 66.280 novos casos (INCA) 3. Ainda de acordo com o INCA, também em 2020, o Tocantins deve registrar cerca de 290 casos de câncer de mama - pelo menos 30 deles em Palmas.
Foco no interior
Em Araguaína, a unidade de oncologia do Hospital Regional de Araguaína, gerida pela Oncoradium - consultas, quimioterapia e radioterapia, é responsável por atender as pacientes da região meio-norte do Estado.
De janeiro até agosto deste ano, o serviço realizou mais de 2.500 atendimentos - consultas, quimioterapias e outros tratamentos - somente para casos de câncer de mama. O número abrange novos casos e casos contínuos, quando um paciente recebe mais de um atendimento durante o tratamento.
Ariana Luz, médica oncologista da Oncoradium, centro especializado em tratamento contra o câncer e responsável pelos atendimentos ambulatoriais, quimioterapia e radioterapia do Hospital Regional de Araguaína, reforça a necessidade do comportamento preventivo das mulheres com relação à mamografia.
“O ideal é começar aos 40 anos, mas se houver histórico na família, recomenda-se a partir dos 35, com exames anuais. Mas a visita periódica à médica ou médico de confiança é fundamental. Se for descoberto logo no começo, as chances de cura do câncer de mama chegam a 95%”, afirma.